Há ainda os CFC’s no interior com apenas um instrutor, distantes quilômetros das capitais, das oportunidades de cursos presenciais de atualização, de reciclagem, de formação e qualificação permanente.
Os baixos salários lideram a lista de justificativas, já que no final do mês não sobra nada para investir em cursos. Outra reclamação é de que há CFC’s que não incentivam a formação dos instrutores para cortar gastos e deixam seus instrutores trabalharem livres, sem a devida orientação e suporte pedagógico.
Então, como pensar em oportunidades de formação e qualificação permanente sem dinheiro e com tantas dificuldades?
A perspectiva de McLuhan de que a globalização faria do nosso planeta uma aldeia global já é realidade faz tempo. Por mais distantes que estejam, as pessoas estão conectadas ao mundo por um clique na internet.
Hoje temos uma difusão e um acesso cada vez maior às tecnologias da informação (TI’s), aos livros digitais, à biblioteca do Google Livros com visualização de até 100% das obras. Livros sobre didática, sobre novidades pedagógicas, sobre medo de dirigir, sobre a relação professor x aluno e tantos outros assuntos que possibilitam aos instrutores e às equipes pedagógicas do CFC uma formação difusa de excelente qualidade.
Nas redes sociais há uma diversidade de grupos e comunidades engajados na direção defensiva, na segurança no trânsito, em debater a melhoria do ensino da direção veicular, inclusive com depoimentos, comentários e pedidos de socorro dos alunos que não conseguem aprender nas aulas e buscam algum tipo de ajuda.
Livros, apostilas, slides, artigos, reportagens informativas, profissionais dispostos a orientar e ajudar na medida do possível. Isso e muito mais estão à disposição de quem tem iniciativa e vontade de melhorar as próprias práticas, a própria formação e qualificação permanente.
Não estou dizendo que a internet vai resolver todos os problemas, que a responsabilidade é só dos instrutores, muito menos que buscar alternativas criativas de qualificação deva eximir os CFC’s de fazerem a sua parte, que é, também, de investir em seus profissionais.
O que estou dizendo é que, apesar das dificuldades, dos baixos salários e da falta de incentivo, é possível encontrar na formação difusa e à distância a solução para muitos problema.
Fonte: Portal do Trânsito
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