Prós e contras
Agora já está claro o por que a DCT foi classificada como uma caixa manual automatizada. Em princípio, a DCT se comporta como uma caixa manual normal: ela tem uma árvore de entrada e árvores auxiliares para acomodar as marchas, os sincronizadores e uma embreagem. O que ela não possui é um pedal de embreagem, porque são os computadores, solenóides e componentes hidráulicos que fazem a troca de marcha. Mesmo sem o pedal de embreagem o motorista, quando desejar, pode "dizer" ao computador para agir através de borboletas teclas no valante ou pela alavanca de câmbio.
Uma nova sensação ao dirigir é apenas uma das muitas vantagens de uma DCT. Com trocas de marcha ascendentes em meros 8 milisegundos, muitos motoristas sentem que a DCT oferece a aceleração mais rápida do que qualquer carro do mercado. Ela proporciona aceleração suave se dá graças à eliminação do tranco que acontece nas mudanças de marchas nas caixas manuais e em algumas automáticas. E o melhor de tudo é que dá aos motoristas o luxo de escolher se preferem controlar as trocas de marchas ou deixar que o computador faça esse trabalho.
![]() Foto cortesia do Banco de Dados da Imprensa Audi Audi TT Roadster, um dos muitos modelos Audi disponíveis com câmbio de dupla embreagem |
Talvez a vantagem mais cativante de uma DCT seja a redução do consumo de combustível. Devido ao fluxo de força do motor para o câmbio não ser interrompida, o consumo cai drasticamente. Alguns especialistas dizem que uma DCT de seis marchas pode render uma diminuição de até 10% no consumo de combustível quando comparada a uma cinco-marchas automática.
Muitos fabricantes de automóveis estão interessados na tecnologia DCT. Porém, alguns montadoras se preocupam com os custos adicionais associados à modificação das linhas de produção para acomodar um novo tipo de câmbio. Isso poderia de imediato aumentar os custos dos carros equipados a DCT, o que desencorajaria consumidores mais preocupados com o preço.
Além disso, os fabricantes já estão investindo alto em tecnologias de câmbio alternativas. Uma das mais notáveis é a transmissão continuamente variável , ou CVT. Uma CVT é um tipo de caixa automática que usa um sistema de polias móveis e uma correia ou corrente para ajustar infinitamente a relação de transmissão ao longo de uma vasta gama de variação. As CVTs também reduzem o tranco de troca de marcha e reduzem significativamente o consumo de combustível. Porém, as CVTs não conseguem agüentar a necessidade do alto torque dos carros de alto desempenho.
As DCTs não têm tais problemas e são ideais para veículos muito velozes. Na Europa, onde as caixass manuais são preferidas por razões de desempenho e menor consumo de combustível, há quem preveja que as DCTs irão abocanhar 25% do mercado. Até 2012, somente 1% dos carros produzidos na Europa Ocidental estarão equipados com uma CVT.
A seguir, veremos a história da DCT e descobriremos o que o futuro reserva.

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